sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Amigos " Nosso Maior Tesouro "

 

Hoje é um Dia Muito especial e importante, a minha amiga Sol, dos blogues: http://desejodeconquista.blogspot.com.brhttp://solestrelado.blogspot.com.br
ffaz hoje anos. Eu gostaria Sol, de neste momento conseguir escrever palavras lindas e grandiosas como você merece.
Mas cansei-me de tanto pensar e cheguei à conclusão, de que nem todas as palavras do Mundo seriam suficientes para descrever a extraordinária e maravilhosa pessoa que você é!

Por isso quero-lhe desejar tão simplesmente

UM FELIZ ANIVERSÁRIO AMIGA!!! MUITA LUZ!

O TAPETE COLORIDO   Blog da minha amiga!!



Hoje é dia de festa para Sol.

Um amiga querida, companheira em todas as horas da minha vida.

Sempre ali, com uma palavra, um sorriso ou um silêncio.

Já sabes o que vai no meu coração, mais nunca é pouco de falar o quanto é especial e importante em minha vida.

Agradeço todo o carinho, dedicação e manutenção dessa amizade que já vai para 23 anos de caminho.

Que todos os seus sonhos se concretize, que todos os seus objetivos sejam alcançados, que todos os seus desejos sejam sempre ouvidos e realizados.

Bençãos infinita querida e amada amiga Sol.

Beijinhos de bolo de chocolate.

Lua.
 
Natureza de Lua Negra Blog de mais uma amiga!!
 
 
Amigos são tesouros que temos em nossas vidas, pois a alma é livre e eterna por isso jamais cansarei de dizer e de escrever amigos são companheiros de jornadas.
 
 
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fernando Pessoa


Vendaval

Ó vento do norte, tão fundo e tão frio,

Não achas, soprando por tanta solidão,

Deserto, penhasco, coval mais vazio

Que o meu coração!

Indômita praia, que a raiva do oceano

Faz louco lugar, caverna sem fim,

Não são tão deixados do alegre e do humano

Como a alma que há em mim!

Mas dura planície, praia atra em fereza,

Só têm a tristeza que a gente lhes vê

E nisto que em mim é vácuo e tristeza

É o visto o que vê.

Ah, mágoa de ter consciência da vida!

Tu, vento do norte, teimoso, iracundo,

Que rasgas os robles — teu pulso divida

Minh'alma do mundo!

Ah, se, como levas as folhas e a areia,

A alma que tenho pudesses levar -

Fosse pr'onde fosse, pra longe da idéia

De eu ter que pensar!

Abismo da noite, da chuva, do vento,

Mar torvo do caos que parece volver -

Porque é que não entras no meu penssamento

Para ele morrer?

Horror de ser sempre com vida a consciência!

Horror de sentir a alma sempre a pensar!

Arranca-me, é vento; do chão da existência,

De ser um lugar!

E, pela alta noite que fazes mais'scura,

Pelo caos furioso que crias no mundo,

Dissolve em areia esta minha amargura,

Meu tédio profundo.

E contra as vidraças dos que há que têm lares,

Telhados daqueles que têm razão,

Atira, já pária desfeito dos ares,

O meu coração!

Meu coração triste, meu coração ermo,

Tornado a substância dispersa e negada

Do vento sem forma, da noite sem termo,

Do abismo e do nada!